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Ano 4 Agosto 2004 |
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Conquistas Unesco está entre as instituições que reconhecem o trabalho
| Professor Casanova recebe diploma de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil. |
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Desde 2003 a proposta de aproveitamento do solo estabilizado na habitação popular está cadastrada no Banco de Tecnologias Sociais da Fundação Banco do Brasil. Antes de entrar para o acervo que difunde soluções simples e criativas, o projeto ´Infraestrutura Habitacional: Alternativa de Baixo Custo´, desenvolvido pela Coppe, concorreu com 634 outras propostas de todo o Brasil. As ações foram avaliadas a partir de critérios como sustentabilidade, baixo custo, fácil aplicação e replicabilidade, o que verifica a possibilidade de levar a solução a outras comunidades. Esta é uma das conquistas do trabalho. Outro importante reconhecimento aconteceu em 1999, quando o projeto foi selecionado pela Unesco para ser apresentado e discutido no plenário da Assembléia Geral Anual, que lançou em Paris a década mundial para a Habitação Popular (2000-2009). Na época, uma reportagem sobre o trabalho foi publicada na Revista da Unesco, que circula em vários países e é traduzida em 120 idiomas.
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| A convite do governo da República Dominicana, foi oferecida uma oficina para qualificação e treinamento de cerca de 200 pessoas. |
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O projeto também já foi levado à República Dominicana. A convite do governo desse país e apoiado pela embaixada brasileira, o professor Francisco Casanova ministrou uma oficina para qualificação e treinamento de cerca de 200 pessoas. Participaram engenheiros e arquitetos do Instituto de la Vivienda (INVI), mestre-de-obras e pedreiros, além de líderes de associações de moradores. Com base nos ensinamentos, 100 casas populares foram construídas com a técnica brasileira desenvolvida na Coppe/UFRJ. As moradias foram inauguradas em novembro de 2002, durante a 12ª Cúpula Ibero-Americana, que reuniu governantes de 21 países.
O planejamento, dimensionamento e implantação de uma olaria a frio na cidade de Volta Redonda (RJ) é outra vitória. Em setembro de 2000, a prefeitura de Volta Redonda estabeleceu um convênio com a Área de Geotécnica da Coppe/UFRJ. O objetivo era avaliar e implantar um programa de construção de moradias de interesse social, usando a alvenaria de solo estabilizado com uso dos resíduos. Em novembro de 2002 a fábrica de tijolos ecológicos foi inaugurada. Especificada para produzir até quatro mil tijolos/dia, aproveitando diversos resíduos existentes no parque industrial da cidade, é equipada com tecnologia avançada e em grande parte automatizada. O complexo conta também com um laboratório para o controle de qualidade e uma escola para treinamento e a qualificação mão-de-obra.
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| Casa construída com apoio do Grupo Geotemah em projeto habitacional para o Exército Brasileiro. |
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Um projeto habitacional para o Exército Brasileiro e a orientação para construção de habitações com blocos de solo-cimento em um assentamento de famílias do Movimento de Trabalhadores Sem-Terra em Santa Catarina são também exemplos do trabalho. Outra experiência com este sistema de construção vem sendo realizada na favela do Rato Molhado, na baixada fluminense. Alunos do Programa de Engenharia Civil da Coppe/UFRJ e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, num trabalho conjunto com o Lar Fabiano de Cristo, vêm dando suporte técnico gratuito aos moradores, oferecendo treinamento para construir casas com a tecnologia de estabilização do solo. Com a orientação técnica e o financiamento do BNDES, foi fundada uma cooperativa para produção dos blocos e construção das moradias.
A ´lista´ de realizações também inclui a construção de um protótipo no Cefet/RJ, com a participação dos alunos. O objetivo é expor a tecnologia ao público em geral e às autoridades competentes. A implantação de uma escola-fábrica em Japeri (município com o menor IDH do Rio de Janeiro), visando capacitar jovens e adultos para trabalharem com a tecnologia, construir ou melhorar suas casas é outra entre tantas conquistas que poderiam ser citadas.
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| Curso de extensão capacita profissionais para uso do solo-cimento estabilizado. |
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Também tem sido de grande importância a atuação na qualificação de recursos humanos, em cursos de extensão e de pós-graduação. Arquitetos e engenheiros do Brasil, Chile, Peru, Bolívia, Honduras, Senegal, Cabo Verde e Angola, entre outros países, têm sido recebidos na Coppe/UFRJ como alunos de Mestrado e Doutorado, aperfeiçoando a tecnologia da estabilização de solos. Com seus estudos e a orientação da equipe que há anos vem atuando neste campo, estes profissionais desenvolvem conhecimento sobre como utilizar o solo e resíduos industriais, minerários e agrícolas na fabricação de elementos construtivos para habitação de interesse social.
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